O paranaense Pedro Rodrigues (SR Rodrigues/Nave Informática) teve uma pequena idéia de como foi o início do kart no Brasil, ocorrido no final da década de 60. Isso, porque o bicampeão brasileiro teve a oportunidade de pilotar um chassi da equipe de fábrica da Kart Mini de 1968, que tinha entre seus pilotos Emerson Fittipaldi, Maneco Combacau e Carol Figueiredo e restaurado pelo economista paulista Demétrius Bergamo.
A primeira diferença já é sentida logo ao entrar no kart, a posição de dirigir. No modelo de 1968 a postura do piloto é mais deitada, o que baixava o centro de gravidade do conjunto e, consequentemente, melhorava a estabilidade do conjunto. Mas nada que apresentasse um ganho substancial, devido aos pneus bem mais estreitos e de composto duro em relação aos utilizados hoje em dia. Os tanques de combustível, instalados nas carenagens laterais do kart e com capacidade de 10 litros cada apresentavam um risco para os pilotos, assim como a parte dianteira do veículo, que não possuí nenhuma barra protetora para os pedais e os pés do piloto em caso de um toque ou uma batida de frente.
O motor, assim como os atuais, possui 125 cm³ com potência de 20 cavalos, enquanto que o motor utilizado por Rodrigues nas principais competições de kart do país tem potência estimada em 38 cavalos. Até a posição do motor é diferente, sendo que no modelo de 1968 ele ficava atrás do piloto, com carburador instalado em cima da unidade motriz e no kart atual ele está instaldo ao lado do piloto com o carburador montado a frente do motor, o que permite ao piloto fazer alguns ajustes na carburação durante a corrida.
O volante, um autêntico Fittipaldi construído artesanalmente construído pelos irmãos Wilsinho e Emerson na década de 60, também chamaram a atenção de Rodrigues. “O volante é muito pequeno e isso deixa o kart bem arisco. A posição de pilotar é bem estranha e a falta de apoio lateral no banco não passa muita segurança para o piloto. O kart que uso hoje é bem mais largo e comprido que o kart de 1968, o que colabora para a melhor aderência do equipamento atual, sem falar nos pneus, acho que o ítem que apresentou a maior evolução nesses 37 anos que separam os dois conjuntos. Mas foi uma experiência incrível poder andar nesse kart que faz parte da história do kartismo, e por que não, do automobilismo brasileiro”, disse Pedro Rodrigues.
A próxima atividade do piloto de Foz de Iguaçú será a disputa da 4ª etapa do Campeonato Paulista de Kart, torneio que Pedro é o atual campeão da categoria Júnior Menor e ocupa a liderança da classificação da categoria Júnior na temporada 2005.