Infelizmente, mais uma corrida de rua fez uma vítima no kartismo brasileiro. O kartista Fernando Lopez faleceu neste domingo (2) em Carpina, a cerca de 50 km de Recife, capital do Pernambuco, em um circuito claramente inadequado para a prática do esporte.
Lopez, piloto de Recife, perdeu o controle de seu kart em uma saída de chicane e foi em direção aos pneus que “protegiam” o meio-fio, o que o fez decolar e bater em um poste de energia elétrica. O serviço de resgate o atendeu de uma forma não tão rápida como estamos acostumados a ver em eventos de kart – e como deveria ter sido – e, segundo o Jornal Cotidiano, de Carpina, Lopez faleceu antes de ser levado à Recife, ainda na Unidade Mista de Carpina.
Ainda segundo o Cotidiano, Fernando Lopez faleceu em razão de ferimentos na cabeça.
Todos nós, que vivemos nosso dia a dia no kartismo, sabemos o quanto o esporte é de risco, calculado, mas de risco. E sabemos também que tudo deve ser feito para minimizar os riscos e, por isto, existem kartódromos, vários deles extremamente seguros – e outros nem tanto –, onde as corridas são realizadas e supervisionadas e liberadas pelas federações estaduais.
Não somos contra corridas de rua, até mesmo já trabalhamos de várias formas em algumas delas, ainda que sempre “com certo medo”. Mas, ao liberar a realização de uma corrida de rua, uma federação estadual deve sempre duplicar, triplicar, quadripilicar e sei lá quantas vezes “plicar” os cuidados e as exigências quanto a segurança. Porém, pode ser que a federação local não tenha sabido da realização da prova: pior ainda.
Há algum tempo atrás vimos algo semelhante em uma prova de rua no Estado de São Paulo, quando outro kartista morreu de uma forma muito parecida e, naquela ocasião, a sensação foi a mesma: corrida de rua sem a mínima segurança corre risco de terminar em morte.
Infelizmente, hoje nosso kartismo – vamos falar daquele do “interiorzão” dos estados brasileiros – sofre de muitos problemas e, com isso, o que parece estar ótimo, não está, até mesmo – agora trocando um pouco de assunto – na categoria top do automobilismo brasileiro, a Stock Car, que fez uma etapa em um sofrível e “reformado” autódromo de Brasília.
Veja o acidente:
E o atendimento: