E finalmente, depois de uma suspensão de mais de três meses
por conta da pandemia do coronavírus, chegou o final de semana mais esperado do
ano para os pilotos da Fórmula 2. E, claro, para o brasileiro Felipe Drugovich,
que em 2020 faz sua estreia na categoria, a última antes da mais importante do
automobilismo mundial, a Fórmula 1. Nesta sexta-feira (3), no Autódromo Red
Bull Ring, na Áustria, a temporada terá seu início com a realização de um
treino live e da tomada de tempos para sua etapa de abertura.
“Acredito que, para os pilotos, esta volta às corridas é
a mais esperada de todos os tempos”, aponta Felipe Drugovich, 20 anos. “Aqui
na Europa a situação já está bem melhor e, desta forma, com todos os cuidados
possíveis, a Fórmula 2, bem como a Fórmula 1 e a Fórmula 3, está de volta e
correndo no mesmo final de semana e no mesmo autódromo”, completou.
Felipe Drugovich, além da natural ansiedade pela estreia, mostra
boas expectativas em relação ao final de semana. Em março, nos testes coletivos
da Fórmula 2 no Bahrein, o brasileiro foi o segundo colocado no último treino e
encerrou a série com a terceira posição geral. “Foram nossos primeiros e
únicos testes até aqui e acho que fomos muito bem”, diz o piloto da equipe
holandesa MP Motorsport. “Lembro que cheguei em um determinado momento a
marcar o segundo melhor tempo geral. Os testes mostraram que podemos ser
competitivos já nesta rodada de estreia”, destaca o piloto de Maringá (PR).
Depois de competir na Fórmula 3 no ano passado, Felipe
Drugovich terá novos desafios pela frente, tais como um carro mais rápido, com
praticamente o triplo de potência (de 230 para 620 hp´s), e freios bem mais
eficientes, de carbono. “Consegui me adaptar muito bem ao carro, mas ainda
tenho muito para aprender. Ganhar corridas poderá ser mais difícil, pois talvez
ainda não estejamos no limite do carro, mas acredito que temos capacidade e bom
potencial para andarmos no primeiro pelotão”, aposta o piloto, que em 2018
venceu o Euformula Open com 14 vitórias em 16 corridas.
O piloto brasileiro terá como companheiro de equipe o
japonês Nobuharu Matsushita, que
já venceu corrida na Fórmula 2. “Já tenho um bom relacionamento com ele. O
Nobu é muito experiente, e isso será uma vantagem para mim em meu aprendizado e
no desenvolvimento do carro”, aponta Felipe Drugovich.
Com 4.318 metros, o Red Bull Ring é um circuito conhecido
por Felipe Drugovich. “Venci no Red Bull Ring em 2017 pela Fórmula 4 e no
ano passado ‘briguei’ por pontos em uma das etapas da Fórmula 3”, relembra
o piloto brasileiro. “É um traçado interessante, uma pista ‘mansa’ quando se
fala em consumo dos pneus”, afirma.
A Fórmula 2 disputará suas duas primeiras rodadas duplas do ano
no mesmo Circuito Red Bull Ring, em dois finais de semana consecutivos. E os
pilotos terão que utilizar dois compostos de pneus diferentes em cada uma das
etapas. “Neste primeiro competiremos com os compostos do tipo ‘duro’ e ‘macio,
e no final de semana seguinte com os ‘médios’ e ‘super macios’. Acredito que
isto nos dará um ‘mix’ de resultados, porque o set up do carro deverá mudar um
pouco”, finaliza Felipe Drugovich.
Felipe Drugovich tem o apoio de Drugovich Auto Peças, que atua no ramo de peças para caminhões e ônibus, e da Noma, destaque no segmento de implementos rodoviários.
Confira a programação do final de semana de estreia da Fórmula 2 (horários de Brasília):
Sexta-feira (3/7)
Treino Livre – 7h55 / 8h40
Tomada de tempos – 12h00 / 12h30
Sábado (4/7)
Corrida 1 (60 minutos) – 11h45 / 12h45
Domingo (5/7)
Corrida 2 (45 minutos) – 6h10 / 6h55