O paranaense André Pedralli (Kart Mini / Marquinhos Competições / KartPress) disputou, no último sábado (19), a primeira edição do Rei das Pistas, realizado no Velopark, em Nova Santa Rita (RS). A prova marcou a inauguração do circuito oval do complexo automobilístico e Pedralli foi um dos grandes destaques.
Considerado um dos grandes nomes do evento, Pedralli chegou ao Velopark com a certeza de que teria muito trabalho para se tornar o Rei das Pistas. O atual campeão brasileiro da categoria Júnior escolheu a categoria Copa Parilla para participar da competição. “Eram várias categorias, que correriam juntas nos dois kartódromos do Velopark. Os melhores de cada categoria se classificavam para a final no oval”, explicou Pedralli.
Com mais de 2500 metros, o traçado da primeira fase do Rei das Pistas era desafiador. “Ele uniu os dois circuitos. O profissional e o do indoor. Com isso, cada parte da pista tinha uma particularidade, o que gerava um desafio a mais em relação ao acerto do equipamento”, disse o piloto.
Após realizar bons treinos, Pedralli foi para a tomada de tempos com um objetivo certo: conquistar a pole. “Tínhamos um bom equipamento na mão e, com isso, foi possível conquistar a pole-position. Foi legal ser o piloto mais rápido entre os mais de 70 karts”, contou Pedralli, após conquistar a pole-position.
Na primeira das três baterias classificatórias, Pedralli levou um susto logo na primeira volta da prova. “Eu caí para quarto. Depois, tive que me recuperar muito rápido. No final, tudo deu certo e eu consegui abrir boa vantagem, mas tive que administrar muito bem as ultrapassagens com os retardatários. Por isso, o Fernando (Wortmann) chegou tão próximo”, contou o piloto.
Na segunda prova, Pedralli conseguiu largar bem, impor um bom ritmo e garantir mais uma vitória. “Novamente, o Wortmann chegou no final e eu tive que administrar”, contou Pedralli, que com as duas vitórias, praticamente se garantia na final do oval.
Já na terceira bateria, Pedralli não teve uma vida tão fácil. O gaúcho Francesco Ventre se aproveitou das oportunidades e venceu a prova. “O Francesco quebrou no começo da primeira bateria e, com isso, tinha 1 bateria a menos de pneus comparado ao meu equipamento. Com isso, ele fez uma ótima corrida e chegou em mim. Eu sabia que ele não tinha chances de ir ao oval e, com isso, procurei não disputar posição e administrar a segunda colocação”, explicou Pedralli, que cravou a melhor volta nas três baterias e se classificou em primeiro para a final no oval.
O oval
Sendo o mais novo entre os 12 finalistas, Pedralli foi para a final no oval confiante. “Acredito que nenhum dos pilotos tenha experiência em ovais. Vou lembrar das minhas corridas da Nascar no vídeo game”, brincou o piloto.
Com apenas 1 treino de 10 minutos, Pedralli foi para a corrida eliminatória com a certeza de que não seria fácil se classificar para a prova final. “Larguei bem, mas não tinha um bom equipamento para acompanhar. Tentava pegar vácuo, mas não conseguia. Meu motor ‘tomava’ muito de reta e isso acabou dificultando um pouco as coisas. No meio da corrida, caí para último. Depois, consegui superar o quinto colocado e abrir boa vantagem. Porém, quando os líderes vieram dar 1 volta em nós, o sexto colocado se posicionou bem, pegou vácuo e me passou. Com isso, cai para último e fui eliminado”, contou Pedralli. “Mesmo não vencendo o Rei das Pistas, fiquei muito contente em ter participado. Gostei do evento e o Velopark está de parabéns por essa iniciativa”, completou.
Após a corrida, Pedralli foi premiado como o melhor colocado da Copa Parilla. “Estou muito contente. Gostaria de agradecer o Marquinhos, o (Fernando) Leme, o Tibola – pelos carburadores – e ao Fernando Pastro - pelo motor”, finalizou Pedralli.