Se uma prova de longa duração não permite eleger favoritos, a 4ª edição das 12 Horas de Kart, que será realizada amanhã (15), já tem um vilão apontado por unanimidade entre pilotos e equipes.
Com 34 graus de temperatura ambiente e 68 graus no asfalto, o calor será o principal problema para os participantes. Segundo Neco Fornari, um dos grandes pilotos do kartismo gaúcho em todos os tempos e atualmente preparador, o calor fará com que o desgaste de pneus seja elevado. “Além dos pneus, temos que lembrar ainda do desgaste do equipamento como um todo e também dos pilotos. Mas eles são jovens, vão agüentar bem”, brincou o preparador.
A mesma opinião é compartilhada por outro Neco, o Becker, chefe de equipe da Targh 400/ Dolly/Diadora, que competirá com dois karts. “O desgaste será grande mesmo. Estávamos contando com apenas uma troca de pneus, os de apoio apenas, mas penso que este calor nos obrigará a duas”, disse Neco.
Para Bernardo Rossler, da Galgo Racing, quem competirá na Master A, o calor também atrapalhará bastante. “Ainda não sabemos exatamente como nos portaremos com relação a calibragem e coisas desse tipo. Durante os treinos de hoje é que vamos ver como o kart vai se comportar”, explica Beni, que ainda aponta outra dificuldade. “Temos que cuidar para não atrapalhar ou até mesmo nos envolvermos em acidentes com os karts da Sprinter, que são cerca de 5 ou 6 segundos mais rápidos”, explica. A Master A é uma categoria que utiliza todo o equipamento sorteado, fornecido pelo Kartódromo de Tarumã.
Daniel Aller, que competirá na equipe Leite, vencedora de 2004, aponta outra dificuldade, além do calor. “Nas duas paradas obrigatórias de 15 minutos as equipes poderão trocar seus motores, no caso da categoria Sprinter. As equipes com mais poder aquisitivo podem se aproveitar disso e usar três motores durante a prova. Acho que estas paradas obrigatórias deveriam ser divididas em maior quantidade com menos tempo cada”, aponta Aller.
Mauro “Bala” Rodeghiero concorda com tudo e diz: “os concorrentes serão nosso principal adversário. A Sprinter terá as melhores equipes, as mais experientes, e apostamos na ‘guiada’ do Nicola Guerrieri e da Letícia Zanette. Queremos ficar entre os cinco primeiros na tomada de tempos e queremos subir ao pódio”, aposta Mauro Bala.
E por fim a WPR, equipe “multi-estados”, que terá em um de seus dois karts um time de quatro pilotos, sendo um gaúcho, um carioca, um catarinense e um paranaense. Para a equipe o desconhecimento da pista até aqui será a maior dificuldade, além do calor, sempre apontado por todos. “Teremos que utilizar os treinos para pegar a mão da pista. Enquanto a maioria dos nossos adversários já tem um bom conhecimento da pista, perderemos este tempo nos adaptando a ela. Mas mesmo assim temos certeza de que faremos bonito”, dizem, em coro, Luiz Castilhos (RS), Ed Cordeiro (RJ), Marcus Laba (PR) e Romério Somavilla (SC).
As 12 Horas de Tarumã terão sua tomada de tempo amanhã pela manhã e a largada será as 10 horas, tudo com cobertura ao vivo do Kart Gaúcho.