'Um dos maiores cases de sucesso da história do
kartismo brasileiro'. É com essa frase que a Mach5 Karting anuncia o fim
do ciclo de representação entre a empresa e a Rotax, fábrica de motores
austríacos, que revolucionou o kartismo nacional nos últimos anos. Por motivos
profissionais de seu principal gestor, a empresa com sede em São Paulo deixou
de ser dealer da Rotax na última semana.
Desde 2011, a Mach5 Karting proporcionou o crescimento,
profissionalização e mudança de patamar do kartismo Brasileiro no exterior. Com
o melhor e mais completo programa de competições e de desenvolvimento de
pilotos do mundo, a Rotax chegou ao Brasil pelas mãos da Mach5 Karting e seu
diretor, Wilton Santos Junior.
“É o fim de um ciclo. A Mach5 é um dos negócios da família
e decidimos focar neste momento na telefonia que é o nosso principal business.
Porém, saímos com o sentimento de dever cumprido, pois o que fizemos foi
histórico', disse Wilton Santos Junior.
“Nós trouxemos a concorrência para o kartismo brasileiro,
mostramos para o mercado que era possível ter competição com ótima relação
custo x benefício e, com isso, conseguimos movimentar o mercado, tirando os
concorrentes e os promotores da zona de conforto”, completou o empresário,
que viu no negócio da Rotax uma ótima oportunidade de unir seu grande
conhecimento no mercado executivo e sua paixão.
'Eu sempre tive a velocidade na veia. Em 1993 fui
campeão brasileiro de kart. Depois disso, me formei em engenharia de produção e
entrei para o mundo corporativo. Fiz carreira no Canadá e conheci a Rotax lá.
De imediato, vi uma oportunidade de trazer algo diferente para o Brasil. E
assim fiz. Foram ótimos anos como gestor e também como piloto, já que pude
voltar a competir, conquistar dois títulos sul-americanos e participar de um
Grand Finals', encerrou.
Entre as várias melhorias que a Mach5 implantou no Brasil, a
principal delas foi a internacionalização dos pilotos brasileiros, através do
Rotax Max Challenge e do RMC Grand Finals. Foram 98 pilotos, entre eles
expoentes da nova geração, como Caio Collet, Gaetano Di Mauro e Marcel Colleta,
e até mesmo pilotos muito consagrados, como Rubens Barrichello, que teve um
grande momento em sua carreira pós F1 ao disputar o Grand Finals.
Todos esses competidores tiveram a oportunidade de expor o
Brasil no Campeonato Mundial de maior representatividade do Planeta, com todas
as despesas de pista bancadas pela Mach5. “Mostramos que correr no exterior
não era um problema para quem não tinha muito dinheiro. Bastava ser campeão e
conquistar, na pista, uma vaga. Com condições iguais, levamos diversos pilotos
que não teriam a possibilidade de ir para um campeonato mundial tradicional,
com os custos de pista e uniformes bancados pela Mach5', disse Wilton,
que sob sua gestão também trouxe ao Brasil competições internacionais.
'Promovemos duas vezes o Campeonato Sul-Americano,
batendo recordes históricos de participantes estrangeiros. Em 2018, trouxemos o
Campeonato Mundial, pela primeira vez no Brasil. No quesito segurança, fomos os
primeiros a implantar o novo bico CIK-FIA, entre outras melhorias',
completou.
Com a certeza de construção de um legado, a Mach5 Karting
agradece a todos os clientes e fornecedores que estiveram juntos com a empresa
nestes 9 anos. “Agradeço de coração a cada uma das pessoas que estiveram
conosco neste projeto em algum momento, amigos, clientes e fornecedores, pais e
pilotos e também a CBA. O projeto da Rotax no Brasil precisará de um foco ainda
maior para continuar crescendo e, por isso, desejo boa sorte ao grupo que a
comandará no próximo ano e que eles consigam ainda mais sucesso elevando o
nível do kartismo brasileiro”, finalizou Wilton Santos Junior.