A Rotax é considerada o case de maior sucesso do kartismo mundial. Com pilotos e campeonatos nos quatro cantos do planeta, a marca de motores austríaca elevou o patamar de qualidade e competitividade das corridas de kart ao redor do mundo. No Brasil desde 2011, representada pela brasileira Mach5 Karting, a Rotax vem se destacando e conquistando uma grande fatia de mercado. Prova disso foi a temporada de 2016, que mais uma vez provou que o caminho traçado por aqui está correto.
Em um formato de disputa que privilegia a igualdade de competição e o talento dos pilotos, a Rotax conquistou seu espaço no mundo todo. Prova deste sucesso é marca de 100 mil motores comercializados. A história da Rotax no Brasil é recente. Executivo de grandes empresas e ex-piloto de kart, o brasileiro Wilton Santos Junior conheceu a Rotax quando residia e trabalhava no Canadá. 'Estava na estrada e vi um anúncio escrito ‘Procura-se Piloto’. Imediatamente, parei o carro e fui ver o que era. Comecei a competir e entender o processo da marca', conta Wilton, que em 2011 deixou para trás sua vida de executivo, voltou para o Brasil e iniciou um campeonato da Rotax no Kartódromo Internacional Granja Viana. 'Montei um plano de negócios e fui apresentar para os diretores, na Áustria', completou.
De 2011 até hoje, a Rotax viu o número de pilotos se multiplicar. 'Fizemos a primeira temporada com poucos pilotos em uma categoria. Hoje temos sete, com uma média de 100 competidores por etapa', disse Wilton, da Mach5 Karting. 'O desafio era grande, já que estávamos no principal campeonato regional do Brasil', completou.
Com um formato diferente dos motores tradicionais, a Rotax conseguiu implementar um ‘ecossistema’ único no kartismo mundial. Você já imaginou poder competir em qualquer parte do planeta com o mesmo regulamento e o mesmo motor? Pois é. Isso é possível na Rotax. Como os motores vem lacrados e só podem ser abertos por Service Centers credenciados (que funcionam como concessionárias de veículos), a marca austríaca consegue manter o padrão de qualidade e a competitividade.
Paralelo a isso, a Rotax propôs a criação do Rotax Max Challenge, que é a competição oficial da marca nos países que ela tem distribuição. Com um sistema unificado, o intercâmbio de pilotos foi facilitado. 'Hoje o piloto pode ir para uma competição na Europa e andar bem logo de início, pois ele já conhece o equipamento', explica Wilton, que reforça o esforço da Rotax em criar o 'ecossistema' ideal para pilotos. 'Boas corridas, com baixo custo e alta competitividade. Todos procuram isso', complementa.
A ‘cereja do bolo’ é o Rotax Max Challenge Grand Finals, que é conhecido como as Olimpíadas do Kart por levar os melhores pilotos dos quatro cantos do planeta para uma final mundial. Toda a estrutura é financiada pela Rotax, com as delegações sendo de responsabilidade dos Dealers (representantes) de cada País. Para se classificar, o piloto deve ser campeão de competições que valem vagas. 'Para o piloto estar lá, ele tem que ter sido, no mínimo, campeão nacional. Não há outra maneira de participar', explica Wilton.
No Brasil, as competições regulares são Rotax Max Challenge Brasil São Paulo (Regional), Copa Rotax, que distribui vagas para o Grand Finals, e o Festival Brasileiro Rotax, que também distribui vagas para as Olimpíadas. Realizado no Brasil em 2015, o IRMC South American, que é o Campeonato Sul-Americano Rotax, também tem grande adesão dos pilotos brasileiros.
'O Sul-Americano tem forte presença da delegação brasileira e também distribui vagas para os campeões. Outra competição internacional que os brasileiros disputam - e vencem - é o Flórida Winter Tour, disputado nos Estados Unidos', diz o comandante da Mach5 Karting.
Em 2016, a Rotax bateu recorde de inscritos no RMC Brasil São Paulo e teve um alto índice de pilotos que migraram para as categorias dos motores austríacos. 'Apesar da crise financeira que o Brasil está, a Rotax cresceu. Isso me motiva e dá a certeza de que estamos no caminho certo. Estamos em constante evolução e buscando novidades. Para 2017, teremos um aumento nas categorias Micro e Mini Max. Diversos pilotos e pais de pilotos nos procuraram e vão migrar para essas categorias de base. Além disso, as categorias ‘maiores’ também estão com boa procura', encerrou.
A Mach5 Karting tem sede em São Paulo e é a responsável pela Rotax no Brasil e Paraguai.