O último dia do Rotax Max Challenge Grand Finals não podia
ser diferente: muita festa, muita comemoração e muita emoção – ah, e claro,
muita organização. A primeira atividade foi o aquecimento para as seis
categorias em disputa e, logo depois, um “drivers parade”, quando todos os
pilotos foram à pista, separados por delegações, empunhando placa e bandeira de
seus países.
A primeira final foi a da Micro Max, que tinha a brasileira
Antonella Bassani largando em 9º - entre 36 concorrentes – depois dos treinos “tímidos”,
com alguns problemas, e de uma tomada de tempos em que ficou apenas com o 22º
lugar. A catarinense rapidamente conquistou posições e chegou a estar em 4º.
Porém, com perda de rendimento, ela perdeu também algumas posições, não
conseguiu recuperá-las e terminou em 8º, ou seja, entre os oito melhores do
mundo. Keanu Al Ahzari, dos Emirados Árabes, foi o vencedor na pista. Mas,
depois de queimar a largada, sofreu penalização de 10 segundos, caiu para 14º e
o título ficou com o francês Louis Iglesias.
Vinícius Tessaro foi o próximo brasileiro na pista,
disputando a Final da Mini Max aqui em Portugal, no Kartódromo Internacional
Algarve. Partindo de 16º, o brasiliense fez uma grande largada e ao final da
primeira volta já era o 8º. Mas, a partir daí, sentiu seu kart escorregar e,
impossibilitado de crescer, lutou pelo 7º lugar, que obteve na bandeirada final,
ficando também com um excelente resultado: o sétimo melhor do mundo em sua
categoria. O campeão foi mais um francês, Marcus Amand.
Na Júnior não tivemos representante na Final, pois Rafael
Câmara, após ter tido problemas em alguns momentos, não conseguiu
classificar-se, por muito pouco. Ao fim das classificatórias e Pré-Final, ele
foi o 37º, ficando fora da disputa por uma posição, já que se classificavam os
36 melhores. Na pista, uma bela disputa, especialmente entre dois holandeses, Tijmen
Van Der Helm e Senna Van Valstjin, e o britânico Jaiden Pope. Depois de várias
trocas de posição, título para Van Der Helm.
Guilherme Peixoto participou da Final da Sênior Max,
partindo da 30ª posição depois de ter feito uma má tomada de tempos, que
refletiria em todas as largadas que fez. Sempre partindo de trás, das últimas posições,
em duas oportunidades ele terminou entre os 17 primeiros. Isto, porém, não foi
suficiente para que ele pudesse largar mais à frente na Final. Nesta, ele não
conseguiu repetir as boas largadas e não teve oportunidades de crescer. Mas,
chegou à Final em seu primeiro Mundial, algo bastante difícil. O campeão foi o
britânico Brett Ward.
Penúltima decisão em Portugal, a DD2 Masters teve Fernando
Guzzi, Michel Aboissa e Alexandre Trita. Guzzi largou em 10º e terminou em 26º
depois de ter um kart que escorregava bastante, mesma situação vivida por
Michel Aboissa, que terminou em 19º. Trita, que em seu primeiro Mundial
conseguiu chegar à Final, teve que abandonar após completar seis voltas. O campeão
foi o australiano Troy Woolston.
Por fim, a DD2 foi a última prova deste Rotax Max Challenge
Grand Finals, e teve a participação do brasileiro Ruan Belizário, que
conquistou a última vaga na Final. Líder no treino de aquecimento, o paulista
cresceu o que pôde durante a prova e finalizou em 21º, também conquistando o
direito de ir à Final em seu primeiro Mundial. O campeão foi o também
australiano Cody Gillis, na Final mais tranquila até aqui, com mais de 4
segundos de vantagem.
Bem, o resumo de tudo é: parabéns aos pilotos brasileiros.
Muitos participaram de um Mundial pela primeira vez e todos entenderam e
enfrentaram as dificuldades, alguns ficaram pelo caminho – e isto é natural em
um esporte tão competitivo e, neste caso específico, com equipamentos tão
iguais – e outros seguiram em frente, indo à Final. E representaram muito bem o
nosso kartismo.
Veja agora um vídeo final da nossa cobertura, onde Fernando
Guzzi, que fez seu sexto mundial, analisa a participação brasileira.