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17/11/2015 18:18

Com show de Barrichello e pódio de Collet, Brasil tem melhor resultado da história nas Olimpíadas do Kart

Fonte: KartPress Motorsport Management | WNG MKT.


Foto: Fernando Bianchi | Rotax

Delegação Brasileira em Portugal


Foram sete dias de atividades, com quase 300 pilotos, de 52 países diferentes, divididos em quatro categorias, sendo que 11 deles levaram o Brasil ao melhor resultado de um país Sul-Americano nos 16 anos de história do torneio. Estamos falando do Rotax Max Challenge Grand Finals, as Olimpíadas do Kart, que foi realizada entre os dias 8 e 14 de Novembro, em Portimão, Portugal, e que concentrou todas as atenções do kartismo mundial neste final de semana.

Realizado desde 2000 pela Rotax, o RMC Grand Finals reúne os melhores pilotos do Mundo para uma grande final mundial. "O sonho de todo o piloto de kart é participar de competições internacionais de alto nível, na Rotax o piloto é convidado à defender o seu país nas Olimpíadas do Kart. A única maneira do piloto participar da competição é ganhando algum campeonato nacional ou intercontinental da Rotax ao longo do ano. Ou seja, quem está lá, conquistou sua vaga e, certamente, isso faz com que uma vaga no Grand Finals seja tão valorizada", explicou Wilton Santos Junior, diretor da Mach5 Karting, detentora dos direitos da Rotax no Brasil e Paraguai.

Neste ano, a delegação brasileira foi ao Grand Finals com uma equipe de peso. 11 pilotos levaram as cores do Brasil à Portugal, entre eles, o ex-piloto de Fórmula 1 Rubens Barrichello, que carimbou seu passaporte ao vencer a categoria DD2 no Campeonato Sul-Americano Rotax, realizado em Julho, na cidade de Florianópolis (SC). Além de Barrichello, outras 10 estrelas do kartismo nacional estiveram em Portugal: Nelson Stanisci também na DD2, Fernando Guzzi, Leonardo Nienkotter, Renato Russo e Roberto Azana disputaram a competição na categoria DD2 Masters, enquanto Luca Travaglini, Lucas Souza e João Rosate competiam na Sênior Max. Entre os menores, Thiago Lopez e Caio Collet chamavam a atenção na Júnior Max.

Logo nos treinos-livres, o Time Brasil já mostrava que estaria concorrendo ao título em todas as categorias. Na DD2 Masters, Guzzi, Russo e Nienkotter demonstravam que estavam no páreo, enquanto Travaglini e Rosate brilhavam na Sênior Max. Na Junior Max, Caio Collet, demonstrava que sairia de Portugal com um bom resultado. Já na DD2, todas as atenções estavam voltadas para a principal estrela de todo o evento: Rubens Barrichello.

Na pista, após boas corridas classificatórias, repescagens e pré-finais, os brasileiros brilharam: Na DD2 Masters, Russo e Guzzi conquistaram a quarta e quinta posições, respectivamente, com o Neozelandês Ryan Urban conquistando o título.

Na Sênior Max, João Rosate representou o brasil na final, sendo muito rápido, mas se envolvendo em alguns acidentes, completando a corrida na 30a posição. O título ficou com o italiano Alex Alex. Na Júnior Max, o Brasil teve seu melhor resultado, com o pódio de Caio Collet, que foi o terceiro mostrando novamente o motivo de ser apontado como uma das principais promessas do automobilismo brasileiro. Numa corrida Final emocionante, os 6 primeiros colocados trocavam de posições constantemente, Caio liderou a prova em várias ocasiões mas terminou em um brilhante 3o lugar com direito a ultrapassagem na última curva da última volta sobre o quinto e quarto lugares!

Já na DD2, Barrichello deixou seu nome cravado na história do RMC Grand Finals logo em sua primeira participação. O piloto recordista em largadas da Fórmula 1 foi um capítulo à parte. Sempre muito assediado, Barrichello se dividia em atender seus fãs, que em sua maioria eram seus concorrentes de pista e acertar os detalhes do seu kart. Um fato curioso chamou a atenção de todos que estavam presentes no kartódromo. Barrichello contou com a ajuda do campeão mundial de kart, Jordon Lennox-Lamb, que apesar de seu extenso currículo, não conseguiu conquistar uma vaga no Grand Finals deste ano e deu um ‘jeitinho’ de participar da grande festa, sendo mecânico de Barrichello. Após uma batida na primeira bateria e outras duas baterias difíceis, o piloto foi a repescagem e teve que lutar muito para estar na pré-final. Largando em 30o , Barrichello terminou a pré-final em 21o, posição que largaria na grande final. Utilizando de toda sua experiência na corrida final, o brasileiro deu um show com belas ultrapassagens para cruzar a linha de chegada na quarta colocação, fazendo com que o público o aplaudisse de pé.

Além dos excelentes resultados individuais, coletivamente os 11 pilotos brasileiros classificaram o brasil na 4a colocação na Copa das Nações, o quadro de medalhas das Olimpíadas que contou com 52 países. Com Estados Unidos em primeiro, Africa do Sul em segundo e Holanda em terceiro. "É o melhor resultado da história entre todos os países da América Latina. Foi uma delegação forte, consistente, que lutou muito para estar aqui. Os pilotos e seus mecânicos estão de parabéns por essa maravilhosa atuação, saímos de Portugal com a sensação de dever cumprido e com a certeza de que estamos no caminho certo com a Rotax no Brasil, que é uma realidade" comemorou Wilton Santos Junior, da Mach5 Karting. "Quero agradecer também o apoio da Dolly, Matrix Energy Trading e Lë grieg à delegação", completou. 

Como de costume, a Rotax anunciou onde será o Rotax Max Challenge Grand Finals 2016: a cidade de Sarno, na Itália, berço do kartismo mundial, recebe a competição entre os dias 8 e 16 de outubro do ano que vem.

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