Para aproveitar o início da temporada 2023 do Campeonato de
Endurance de Kart Indoor (CEKI) e o lançamento das carenagens que serão usadas ao
longo do ano, nada mais justo do que reviver o maior evento de kart do mundo. A
produtora 117Filmes fez um vídeo muito interessante sobre o evento e mostra um
resumo do que foi a prova de 12 Horas mais longa da história, que durou praticamente
quatro meses.
A prova, com 85 karts na pista, teve sua largada em novembro
e, por conta de uma chuva intensa – 120mm na região do Kartódromo Beto Carrero –,
acabou interrompida e adiada para 18 de março deste ano. E, então, depois de
uma longa espera, foi conhecida a equipe campeã, a Alligators Bodebrown, que
chegava ao título pela primeira vez em sua história.
A 117Filmes fez um relato também muito interessante sobre a
jornada, especialmente sobre a parte técnica do documentário.
“Na parte da edição, o vídeo das 12 Horas foi, sem dúvida,
muito desafiador. Gravamos uma quantidade massiva de material, preenchendo mais
de 2 SSDs de 1 TB cada. Foram gravações com câmeras diferentes, imagens aéreas
e arquivos de datas completamente distintas. Desde o início, nossa ideia foi
fazer um vídeo diferente. Quando conversamos com a equipe sobre gravar os
melhores momentos do CEKI, não queríamos fazer um vídeo apenas com uma música e
cenas de kart andando. O objetivo era contar uma história e presentear, de
certa forma, todos aqueles que presenciaram toda a experiência louca que foi
essas 12 Horas, na verdade muito mais que 12 horas. Foi uma corrida que parecia
nunca ter fim”.
“Não tem como deixar de sentir o peso que o ar daquele dia
chuvoso carregava. Isso, obviamente, se refletiu nas escolhas estéticas do
vídeo: música, efeitos sonoros e, principalmente, nas cores. Usamos um visual
muito tradicional no cinema, conhecido como ‘Bleach Bypass’, que já foi
utilizado em diversos filmes, como ‘Resgate do Soldado Ryan’ (1998), ‘Minority
Report - A Nova Lei’ (2002), ‘Clube da Luta’ (1999), entre outros. Esse visual
ocorre quando é pulada uma das etapas da revelação do filme, que retira as
partículas de prata da imagem, dando um aspecto de alto contraste, uma
saturação bem controlada e um tom mais dramático, justamente o sentimento que
queríamos transmitir naquele momento. Falando em contraste, já no segundo
momento do vídeo invertemos isso. Deixamos o vídeo muito mais colorido,
baseando-nos em uma emulação de película conhecida como KODAK 2883, dando uma
cor amarelada nas altas luzes e mais fria nas sombras. O tom era mais
descontraído, justamente como uma espécie de catarse após tudo o que ocorreu
antes”.
“Na montagem do vídeo, fizemos inserções de entrevistas, falas e trechos das narrações que ocorreram naqueles dias. Como podem imaginar, assistimos a todo esse material, incluindo as transmissões das duas datas, para que fosse passado o mais próximo daquilo que realmente ocorreu. Claro que muitas entrevistas não entraram na versão finalizada, mas isso foi para manter o ritmo correto até o final. Como editor, eu, Matheus, fiquei muito feliz com o resultado. Acho que conseguimos transmitir os sentimentos que nós mesmos sentimos naqueles dias e ouvir o feedback de quem assistiu, gostou e até se emocionou faz todo esse trabalho valer a pena”.
Assista: