Toques, pequenas batidas e empurrões são comuns no automobilismo – principalmente em categorias de carros turismo, como a Stock Car ou a Nascar. No kart eles também fazem parte do espetáculo, mas nos últimos anos ganharam contornos desleais principalmente nas duas categorias de base da modalidade – a Mirim e a Cadete.
Depois de inúmeras reclamações de pais e equipes dos pilotos dessas classes, em especial a Cadete, a Federação de Automobilismo de São Paulo (FASP) decidiu ser mais rigorosa na avaliação desses toques – e os comissários desportivos passaram a punir severamente os pilotos desde a segunda etapa do Campeonato Paulista de Kart – disputada no último dia 21 de março. Os resultados dessa nova postura ficaram ainda mais claros no último dia 28, durante a segunda etapa da Copa São Paulo Light, quando os pilotos da Cadete já mudaram sua postura dentro da pista.
A Associação Nacional de Patrocinadores e Pilotos do Automobilismo (ANPPA) exaltou a medida da FASP e vê melhoras melhorias para os pilotos a partir de agora. “Apesar de essa nova regra ter sido implantada com o campeonato já em andamento, ela chega em excelente hora para a Cadete. Esta é a porta de entrada do kart para muitos pilotos, e o que for aprendido por eles nesta fase será levado muito adiante na carreira. Por isso, o excessivo número de toques na traseira e de empurrões era prejudicial. São atos impraticáveis em categorias superiores e que colocavam a segurança dos pilotos em risco”, avaliou Alexandre Chequer, vice-presidente da ANPPA.
O que não está totalmente claro para os pilotos e seus preparadores, segundo a Associação, são os critérios que os comissários levam em conta na hora de aplicar as punições. “Já nos reunimos com a Federação para conhecer melhor esse novo sistema de punição, mas queremos uma reunião maior, envolvendo as equipes, para que fique claro o critério. Em uma corrida existem os toques que são inevitáveis, principalmente em disputas por posição quando o piloto da frente pisa no freio muito antes, por exemplo. Mas também existem os toques intencionais e maldosos. Estes é que devem ser punidos”, continuou Chequer.
Associação pede atenção para a Mirim – A ANPPA também chama a atenção dos organizadores de provas e comissários da Federação para a categoria Mirim – destinada a competidores com idade entre 06 e 08 anos. De acordo com reclamações ouvidas pela diretoria da Associação, muitas largadas da Mirim têm acontecido sem a formação correta do grid, além de outros pontos a serem cuidados na categoria, como a equalização adequada de seus motores.
“A Mirim merece o mesmo respeito e atenção das categorias maiores. Os pilotos precisam aprender e, para isso, dependem de corridas bem organizadas. Precisamos cuidar da formação dos jovens com o objetivo de manter esses pilotos no kart, formando, assim, novos nomes para o nosso automobilismo no futuro”, finalizou Alexandre Chequer.
Sobre a ANPPA
A ANPPA – Associação Nacional de Pais e Patrocinadores do Automobilismo foi fundada em dezembro de 2008 com o objetivo de conquistar – através do trabalho conjunto com Clubes, Federações e Fabricantes – melhorias para os pilotos em atividade no Brasil. O ponto de partida nos trabalhos da ANPPA foi o kart, modalidade na qual já conseguiu diversas mudanças desde o início de suas operações. Todos os envolvidos com o esporte no país estão convidados a se filiar na Associação através do site www.anppa.com.br