A 3 Horas de Guaratinguetá, disputada no último domingo (19) no interior de São Paulo, foi recheada de emoções. O dia começou com um maravilhoso café da manhã oferecido aos pilotos e equipes e logo cedo as atividades de pista foram iniciadas.
O evento teve a participação de 19 equipes e 71 pilotos, entre eles nomes conhecidos no automobilismo nacional, como Eduardo Leite (Stock Car) e Beto Cavaleiro (Copa Montana), além de Bruno Lima, campeão brasileiro da Super F4; Bruno Grigatti, campeão do SKB; Nelson Stanisci, um de nossos representantes no Mundial em Portugal; e ainda figuras conhecidas como Paulo Farias, Bruno Balarin, Oscar Alves, André Salmoria e Lucas Marotta, entre outras.
Não bastassem essas feras, as equipes de fábrica também resolveram participar com tudo e Mini, Mega e Thunder mandaram seus representantes. Durante todos os treinos o domínio se alternava entre as equipes Thunder e MV Racing 2, mas a pole ficou mesmo com a MV Racing 2,do kart 71, composta pelo pilotos Paulo Farias e Bruno Balarin.
Após a largada a equipe do kart 71 teve problemas e Bruno Balarin foi obrigado a fazer uma parada de emergência, pois estava todo encharcado por gasolina, o que causou sérias queimaduras no piloto. A equipe Mega Kart foi à pista com quatro equipes representando a fábrica e a Mega 1, composta pelas “feras” Oscar Alves e Bruno Lima, dominou quase toda a corrida, mas um problema na embreagem do kart forçou a equipe a mudar sua estratégia e antecipar sua parada de 10 minutos em uma hora antes do previsto.
E o que parecia ser o “caminho aberto” para a equipe Thunder acabou se transformando também em um problema, já que o time também teve problemas e no final da corrida, com pouco combustível, não atingiu o peso mínimo exigido. Quem também parecia com o caminho livre para a vitória era a equipe Mini Buono, que corria com os vencedores do ano passado, Lucas Marotta, Thiago Marotta e Junior Pimentel. Mas novamente a “bruxa” atacou e um problema no kart fez com que a equipe parasse mais do que o necessário nos boxes.
Outras equipes chegaram a aparecer na liderança e a menos de uma hora para o final a equipe carioca Lupa Racing, liderava tranquila, com boa vantagem entre as equipes consideradas principais. Mas novamente as emoções se fizeram presentes e “viraram o jogo”, já que a Lupa Racing errou em sua parada de 10 minutos e recolocou seu piloto na pista antes do tempo mínimo permitido, causando ao time uma punição de 1 minuto e 20 segundos.
Foi o momento em que a Mega1 reassumia a liderança, agora seguida pela Mega2, composta pelos pilotos Leonardo Possenti e Gustavo Almeida. Mas ainda faltava uma parada da Mega1 e a vantagem era de duas voltas para a Mega2. Mas, em uma parada relâmpago, Bruno Lima pesou e saiu de novo da pista, sem reabastecer.
Ao término da corrida a comemoração da Mega1 era grande, pelo menos até a hora da pesagem, pois o kart não atingiu o peso mínimo e a equipe foi punida em duas voltas, punição que deu a vitória para a Mega2. Fim das emoções? Não...
Após a vistoria técnica dos motores da corrida, feita pelos preparadores Cuca, Pew e Carioca, foi constatado que o motor da Mega2 estava fora do regulamento e, com isso, a equipe foi desclassificada. Como a Mega1 estava com três voltas de vantagem para a Mini Buono, eles voltaram a assumir a 1ª posição e se sagraram campeões da 4ª edição das 3 horas de Guaratinguetám levando o piloto Oscar Alves às lágrimas.
Segundo Alexandre Oliva, organizador das 3 Horas, esse foi o evento da superação. “Há menos de um mês do nosso evento foi marcada 6 Horas de Aldeia da Serra para uma semana depois da nossa 3 Horas. Isso nos incomodou bastante, pois muitos pilotos que correm nossas Três Horas também correm as 6 e o custo para os pilotos seria muito alto. Como não houve acordo com a organização das 6 Horas, resolvemos fazer nosso evento liberando o uso de motores próprios e carburadores nosso. Isso fez com que baixássemos os custos, e a inscrição caiu para R$ 600,00 por equipe”, lembra Oliva.
“No começo muitos disseram que seria um tiro no pé fazer uma corrida de endurance com motores próprios. Mostramos que estavam errados. Foi muito bom ouvir dos melhores preparadores de motor 4 tempos que estavam presentes e achamos a fórmula do sucesso. Uma corrida de endurance séria, com uma igualdade impressionante de motores e barata para os pilotos. É por isso que Guaratinguetá cresce a cada ano e firma sua corrida de 3 Horas como uma das mais importantes do Brasil”, finaliza o organizador.
Confira o resultado final:
1 Mega 1 – 215 voltas (menos duas de punição = 213) – 2:59.50.32
2 Mini Buono 1 – a uma volta
3 Enigma – a 28.970
4 Mini Buono 2 – a 2 voltas
5 Itu Mega – a 3 voltas
6 Nael 1 – a 3 voltas
7 Thunder – a 4 voltas
8 Projeta – a 4 voltas
9 Lupa Racing – a 5 voltas
10 Kart VR2 – a 5 voltas
11 Barbosa 2 – a 6 voltas
12 MV1 – a 9 voltas
13 Mega 3 – a 9 voltas
14 Nael 2 – a 11 voltas
15 Kart VR1 – a 16 voltas
16 MV2 – a 18 voltas
17 Barbosa 3 – a 75 voltas
18 Mekatron – a 106 voltas
19 Mega 2 – a 214 voltas