No atual momento, com a crise hídrica e a possibilidade de
racionamento de energia, o Kartódromo Internacional San Marino, em Paulínia
(SP), dá sua contribuição à região de Campinas e ao planeta implementando 196
painéis fotovoltaicos, que possibilitaram a criação de uma miniusina de energia
interna. Com os painéis em funcionamento, o complexo já é autossuficiente em
energia, produz excedente e reduziu em 92,5% a fatura mensal.
De acordo com Guilherme Marton, diretor da empresa que
instalou os painéis fotovoltaicos no kartódromo, a administração despendia R$
8.000 mensais com a fatura de energia, considerando todas as suas contas. A
partir de agora, o complexo vai desembolsar apenas R$ 600 mensais.
“Uma economia fantástica, com a geração de 8.000 KWH de
energia ao mês. E o San Marino também implementou um sistema para
aproveitamento da energia excedente produzida, que já está utilizando em seis
contas de mesma titularidade”, ressalta Marton.
E, para além da economia financeira, o Kartódromo San Marino
ajuda a minimizar o impacto ambiental decorrente do uso de energia pelo sistema
convencional, na região de Campinas, segundo Guilherme Marton. “Com a
implantação do sistema, o San Marino está evitando mais de 68 mil emissões de
carbono ao ano. Em 25 anos, serão evitadas mais de 1,7 milhão de emissões, o
equivalente ao absorvido por mais de 9,7 mil árvores”, dimensiona o
especialista.
A energia produzida atende a todos os setores do complexo:
administração, restaurante, galpão que abriga a frota de karts de aluguel,
vestiários, banheiros, boxes, pista e estacionamento.
O investimento coincide com as ações de responsabilidade
ambiental colocadas em prática pela administração do Kartódromo San Marino
desde antes do início da implementação do centro esportivo, há quase 10 anos.
À época, foram removidas e replantadas 20 jabuticabeiras,
que hoje dão seus frutos em torno das instalações do San Marino, e plantadas
mais de 200 árvores ao redor de todo o complexo, além das preservadas durante
as obras. Hoje, são 442 árvores no entorno.
A diretora do Kartódromo Internacional San Marino, Josilene
Andrade, lembra da espécie de árvore copaíba, que se encontra no circuito, e
ressalta que o investimento na produção de energia fotovoltaica reflete o
envolvimento da administração com a preservação ambiental.
“Temos muito orgulho e muito carinho pela nossa árvore,
que se encontra dentro do circuito e foi preservada durante a construção, com
todos os requisitos de segurança para os pilotos. O projeto foi alterado para
que não fosse derrubada. Quanto ao investimento na aquisição das placas
fotovoltaicas, diz respeito ao nosso compromisso de contribuir não apenas no
cuidado com o meio ambiente, como também de preservar a cidade e a região que
escolhemos para implementar o kartódromo”, salienta.
Espécies nativas – Entre as árvores cultivadas no Kartódromo
San Marino, em Paulínia, há diversas espécies, como mogno, sibipiruna,
pau-brasil, ipê, cedro, jabuticabeira e outras. O plantio é constante, porque
ocorrem perdas de algumas espécies anualmente por conta das intempéries
climáticas ou por doença. Desse modo, assim que alguma árvore morre, a equipe
de manutenção da jardinagem já repõe uma nova muda no lugar.
O kartódromo ainda reaproveita os troncos de árvores
perdidas para fazer mesas para o restaurante, concebidas pelo proprietário do
San Marino, fechando o ciclo da reciclagem.