“Foram as corridas em que eu mais me diverti na vida”, disse o paulista Ricardo Landucci ao final das provas que marcaram a estreia dele no Campeonato Paulista de Marcas e Pilotos, no domingo passado (5).
Após alguns anos no kartismo, Landucci passou aos monopostos em 2011, onde realizou algumas provas na extinta Fórmula Futuro e depois migrou para a Fórmula 3 Sul-Americana, onde foi o vice-campeão da categoria Light, no mesmo ano.
Em 2012 o paulista deu uma guinada na carreira ao passar dos carros de fórmula para os de turismo, a convite da equipe BMW que compete no Campeonato Brasileiro de Gran Turismo, a GT Brasil. Mas Landucci ingressou na equipe como piloto reserva dos modelos da classe GT4, e ainda não teve oportunidade de competir. Assim, buscou o certame paulista para treinar e manter-se em atividade.
Landucci participou da sétima etapa do certame, realizada no final de semana passado, em Interlagos, e impressionou desde a primeira vez que entrou na pista. “Ele não tem experiência em carros de turismo, muito menos em carros com tração dianteira. Mas na primeira volta já vimos que tínhamos um piloto rápido nas mãos, bastava lapidá-lo”, disse Fabiano Cardoso, chefe da equipe Fast Racing, pela qual Landucci competiu. O piloto não decepcionou, e após apenas dois dias de treinos já figurava entre os oito mais rápidos entre os 43 carros que viriam a disputar as corridas de domingo.
Na tomada de tempos, entretanto, o piloto não aproveitou bem as voltas rápidas e classificou-se apenas em 28º lugar. “Ainda falta experiência para classificar bem”, apontou Landucci. Mas nas duas corridas, o piloto mostrou a que veio. Largando de 28º, terminou a primeira bateria em 14º, após estar em 11º e recebeu um toque que o fez perder posições. A colocação lhe rendeu o sexto lugar na classe Light e um pódio logo na primeira prova disputada na categoria.
Na segunda bateria o piloto largou dos boxes por um problema mecânico, e foi do 40º ao 10º lugar em apenas 13 voltas. Restando três para o final da prova, mais um acidente acabou por tirá-lo da competição e do segundo pódio do dia, já que terminaria em 4º na classe Light. “Foi uma pena que me acertaram na segunda bateria também, mas valeu muito a experiência. Gostei muito da oportunidade de correr no Marcas, foi ótimo pra compensar o tempo parado”, disse o piloto.
“Foram duas baterias muito competitivas, onde pude treinar ultrapassagens e arriscar bastante no acerto do carro. Tive uma ótima recepção na equipe Fast Racing, que me ofereceu um carro com reais possibilidades de brigar pelas primeiras posições. Apesar de ser uma experiência nova para mim, acredito que consegui uma boa adaptação e sei que na próxima participação lutarei pelas primeiras colocações”, finalizou.