Foi uma semana intensa, de muito trabalho, aprendizado,
novas experiências, mas principalmente muita emoção. Os vencedores da Seletiva
de Kart Petrobras 2017, João Rosate, Murilo Coletta e Enzo Elias encerraram as
ações na Europa com o gostinho de quero mais, mas ao mesmo tempo de missão
cumprida.
Foram dois dias de testes de Fórmula 4 (20 e 21) com a equipe
DieGi Motorsport, no circuito Tazio Nuvolari, em Pavia, na Itália. E, na
sequência, a experiência num simulador de Fórmula 1 na empresa do engenheiro
russo Anton Stipinovich, que já desenvolveu simuladores para várias escuderias
da Europa, incluindo uma das equipes da Fórmula 1 atual. As ações fazem parte
do programa de orientação para os melhores colocados na 19ª edição da Seletiva
de Kart Petrobras.
Os testes na pista de 2,805 km aconteceram com pista seca,
mas no primeiro dia os pilotos tiveram mais dificuldades para se adaptar à
baixa temperatura no local. “Mas, no fim,
eles andaram muito bem. Na verdade, acima das expectativas, pois apesar de os
três já correrem de carro, nenhum deles conhecia a pista e só o Coletta havia
feito um breve teste, dois anos atrás, com um F4. Mesmo que os tempos de volta
ao final tenham sido ótimos, o que realmente importa é que os três tiveram a
oportunidade de conhecer o carro, o método de trabalho de uma equipe
profissional da Europa e mostraram capacidade de aprendizado muito bom, pois a
cada saída para a pista eles evoluíam”, contou Binho Carcasci, organizador
da Seletiva de Kart Petrobras desde 1999.
“No simulador também
foi muito bacana. Eles ficaram surpresos, porque não imaginavam encontrar um
equipamento tão sofisticado e difícil de ‘pilotar’”, destacou Carcasci, que
ficou feliz com os resultados e ao ver a evolução dos pilotos durante esta
semana na Europa.
“Acho que a cada ano
que passa, o prêmio que a Seletiva entrega é melhor compreendido pelos pilotos
e por quem os acompanha e isso faz com que ele seja ainda melhor aproveitado.
Dá para perceber que em apenas uma semana na Europa, eles mudam a maneira de
enxergar o automobilismo, particularmente porque agora eles têm uma ideia muito
mais próxima do que é o automobilismo profissional e podem tomar as decisões
que têm que tomar, com muito menos chance de errar. Tenho certeza que esses
três garotos têm agora informações suficientes para iniciar a carreira nos
carros da melhor maneira, qualquer que seja a opção: turismo ou monoposto”,
finalizou Carcasci.
O campeão Rosate também ressaltou o profissionalismo e
aprendizado. “Foi ótimo! Fico sem
palavras para descrever o quanto bom foi a experiência que a Seletiva junto com
a Petrobras me deu. Foi uma semana onde aprendi muito e me surpreendi muito
positivamente”, disse o piloto goiano. “O
que mais me chamou atenção foi de longe o profissionalismo do pessoal. Tanto na
pista com o F4 quanto no simulador. Foi tudo incrível e eu não vejo a hora de
poder repetir tudo isso”, completou.
Coletta também elogiou todo o programa e comemorou sua
evolução durante os testes. “Aprendi
muito, melhorei muito as minhas técnicas de pilotagem, evoluí a cada saída,
então foi muito bom. O que mais me chamou a atenção foi o simulador. Você está
em contato com uma tecnologia de ponta, bem difícil entender, que tem suas
manhas, mas é bem interessante e surpreendente”, frisou o paulista.
Mais jovem entre os vencedores, Elias destacou o quanto a
experiência irá ajudá-lo no futuro da sua carreira. “Difícil explicar o quanto estou feliz e como acrescentou essa
experiência na minha carreira. Pilotar um Fórmula 4 foi demais, a integração
com a equipe também. Eles puderam mostrar como é o jeito europeu, o trabalho
deles e acredito que quando chegarmos lá vai ser mais fácil para entender, pois
já temos uma base. No simulador foi incrível também, podemos sentir como é o
trabalho dos pilotos e ver como eles conseguem se desenvolver fora das pistas.
É um simulador que tem tudo o que você pode imaginar, o melhor que eu já
testei. São experiências que acrescentam bastante, ter várias sensações
diferentes e agora não vejo a hora de testar um carro de turismo”, concluiu
o brasiliense.
De volta ao Brasil, os pilotos preparam-se agora para mais
um dia inesquecível: o primeiro teste com carros de turismo. A experiência
acontecerá nesta sexta-feira (dia 1º de dezembro), em Curitiba (PR), com os
carros da categoria Sprint Race, considerada atualmente a porta de entrada para
os pilotos que saem do kart e almejam seguir carreira no turismo.
Elias, melhor estreante da Seletiva 2017, e o quinto
colocado, Vinícius Ponce, participarão das atividades. Ponce entrará na ação no
lugar de Coletta, terceiro colocado na final da Seletiva, que terá vestibular
nesta data e não poderá viajar para o teste na pista paranaense.
Os dois terão um coach especial durante o teste: o atual
campeão João Rosate, que já corre na Sprint e, inclusive, está liderando a
categoria Pro 2017. Por este motivo, Rosate não poderá participar da atividade,
já que alguns dias depois ele estará brigando pelo título no traçado. O piloto
Thiago Marques, idealizador da Sprint Race, estará ao lado dos pilotos também
durante toda a ação, para que eles tirem o melhor proveito possível desta
grande oportunidade.
Seletiva de Kart Petrobras - Criada em 1999, com
o patrocínio da Petrobras, a Seletiva tem, em média, aproximadamente 110
pilotos tentando a vaga na final. Em 18 anos, mais de 200 já estiveram na briga
pelo título na grande final.
Considerada uma referência entre os kartistas do Brasil, a
Seletiva de Kart Petrobras é reconhecida (desde 2001) como evento oficial da
Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) e da Comissão Nacional de Kart
(CNK).
Além da maior premiação em dinheiro do kartismo nacional, a
Seletiva de Kart Petrobras contempla três competidores com a participação em um
programa de orientação de pilotos, que inclui um teste com simulador de F1 na
Europa, um teste com monoposto de base também na Europa, com a orientação de um
coaching, acompanhamento físico e psicológico, experiência com carros de
turismo no Brasil, palestra sobre marketing e media training.
A premiação total - somando todas as ações - chega a
aproximadamente 350 mil reais. O campeão recebe 85 mil reais em dinheiro e o
vice-campeão 8 mil. Os finalistas disputam o título com chassis fornecidos pela
fabricante Bravar.