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21/11/2006 09:50

Final da Seletiva Petrobras começou hoje em Curitiba

Fonte: Tiago Mendonça


Paulo Carcasci testa um dos karts a ser utilizado - Foto: Fábio Oliveira


Os melhores kartistas brasileiros e mais dois representantes argentinos estão reunidos em Curitiba (PR) aguardando o início da disputa pelo maior prêmio da modalidade. A programação da final da oitava edição da Seletiva de Kart Petrobras começou hoje (21). O evento representa a oportunidade de conseguir parte do patrocínio necessário para a seqüência da carreira. Serão dezoito participantes divididos em duas categorias: seis na Graduados B (para pilotos entre 14 e 16 anos) e doze na Graduados A (para pilotos entre 16 e 21 anos).

 

Quem vencer volta para casa com boa parte do orçamento para o ano seguinte garantida e a honra de ter ganhado dos melhores pilotos do Brasil e da Argentina no único torneio que coloca todos os concorrentes em igualdade de condições. O valor oferecido por esta façanha é alto. O kartista que levar a melhor na Graduados A fica com R$ 74 mil e o vice recebe R$ 8 mil. O melhor entre os competidores da Graduados B garante um cheque no valor de R$ 19 mil. Dinheiro suficiente para começar a planejar a temporada de 2007. Serão três dias de atividades em Curitiba (PR).

 

Nesta terça-feira a pista está reservada para a decisão da Graduados B. Os treinos para a Graduados A começam na quarta-feira (22) e o vencedor da categoria será definido com as corridas de quinta-feira (23). Na véspera do início da programação oficial, nesta segunda-feira (20), o trabalho foi apenas dos organizadores. O diretor técnico, Paulo Carcasci (hexacampeão brasileiro de kart), andou com todos os chassis que serão utilizados na final, para garantir o máximo de equilíbrio. Os motores já haviam sido testados há duas semanas, em Interlagos.

 

A chuva que caiu sobre o circuito Raceland chegou a ameaçar os trabalhos, mas no fim do dia a pista começou a secar e permitiu que o cronograma fosse seguido sem maiores problemas. A surpresa ficou por conta do traçado apresentado para a decisão da Seletiva de Kart Petrobras. Com o objetivo de não dar vantagem aos pilotos que já conhecem o circuito, o promotor Binho Carcasci anunciou que a pista será totalmente diferente do comum, com um desenho jamais utilizado. “Ficou mais curto e criamos um novo ponto de ultrapassagem, no fim da reta oposta”, conta.

 

“O mais interessante é o fato do piloto entrar na pista em igualdade de condições com os adversários e ainda precisar lidar com o desconhecido. O miolo desta pista, na forma como colocamos, é inédito. Dá para dizer que tudo o que os pilotos conhecem é a reta principal e a primeira curva. Depois, muda tudo”, comenta Paulo Carcasci. Alguns pilotos estiveram na pista durante o dia, mas apenas para acompanhar a movimentação. Entre eles, o piloto da casa, o paranaense Gabriel Dias. Nos últimos dois anos, ele foi o melhor representante brasileiro no Mundial da modalidade e chega entre os favoritos.

 

 A lista de classificados na Graduados A, além de Gabriel Dias, tem também uma série de nomes fortes, como Leonardo Cordeiro, Fabiano Machado, Denis Navarro, Dennis Dirani, Rafael Mendonça, Rafael Suzuki, Guilherme de Conto, Carlitos Eduardo, César Ramos e os argentinos Mattias Milla e Nestor Girolami. Pela categoria de base, a Graduados B, a briga está concentrada entre Guilherme Camilo, Vitor Teiji, Felipe Guimarães, Madson Martins, João Cunha e Geovani Cerutti.

 

Como funciona...

A fórmula de disputa da oitava edição Seletiva de Kart Petrobras é a mesma dos anos anteriores, com etapas classificatórias em seis Estados brasileiros, uma na Argentina e a final em novembro, desta vez em Curitiba, entre os selecionados ao longo da temporada. Durante o ano, mais de 100 pilotos disputam as vagas disponíveis. Uma das principais atrações é o formato de disputa da final, que coloca todos os pilotos em igualdade de condições e promove confrontos diretos entre eles. Os karts, da marca Birel, são fornecidos pela organização e sorteados entre os participantes durante todo o evento. Não é permitido trabalhar no acerto do equipamento e os finalistas podem mexer apenas na largura dos eixos dianteiro e traseiro, na calibragem e fazer ajustes pessoais, como pedaleira e volante. Tudo isso para que o prêmio fique sempre com o piloto que demonstrar mais talento, experiência, conhecimento técnico e capacidade de concentração. Uma final da Seletiva de Kart Petrobras já foi disputada em Curitiba, em 2000, e o campeão foi justamente um paranaense: Júlio Campos, que aproveitou o prêmio para correr nos Estados Unidos no ano seguinte.

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