O paranaense Guilherme De Conto venceu “à mineira” a sétima edição da Seletiva Petrobras de Kart, encerrada na tarde desta quinta-feira (15) no Kartódromo do Guará, em Brasília (DF). Estreante na competição, ele não chamou tanta atenção no primeiro dia de disputas – fechou os treinos e as primeiras eliminatórias em terceiro –, mas surpreendeu os favoritos no momento decisivo e ficou com os R$ 70 mil oferecidos pela petrolífera brasileira como prêmio ao campeão. De quebra, De Conto levou também outros R$ 7 mil por ter sido o estreante na Seletiva mais bem colocado na final, e encerrou a temporada com o maior prêmio já ganho por um piloto na competição.
Dos 12 pilotos que chegaram à decisão no Kartódromo do Guará, apenas cinco disputaram as duas últimas corridas desta quinta-feira, que começaram com atraso de algumas horas em virtude da forte chuva que caiu na região do circuito. Depois de muitas trocas de posição e alternativas, Rafael Suzuki ficou com o vice-campeonato, à frente de Clemente Faria Jr., Mario Romancini e Caio Zanani.
Romancini, melhor estreante no ano passado, foi um dos pilotos que mais somou pontos até a corrida decisiva (com dois segundos lugares na última eliminatória e na primeira bateria final), mas, em virtude de um problema enfrentado ainda nos treinos de classificação, viu suas chances de chegar ao título diminuírem. “Nesse último dia tive bons resultados, mas os pontos que perdi no início me impediram de chegar à afinal com chances de ser campeão”, explicou Romancini.
Como a Seletiva Petrobras não leva em conta apenas o desempenho dos pilotos em corridas, mas também o resultado dos treinos, Romancini – que não conquistou a pontuação máxima no primeiro teste devido a uma quebra no banco de seu kart – iniciou a fase final em desvantagem, e não teve como superar a boa campanha de De Conto.
“Venci uma eliminatória, fui segundo em outra e repetir esse resultado na primeira final, mas esses resultados não foram suficientes para que eu chegasse à última corrida com chances de ser campeão”, relatou o piloto. “Nessa bateria, eu estava em terceiro e arrisquei tudo para passar o (Rafael) Suzuki, para tentar ao menos ficar com o vice-campeonato, mas perdi tempo na manobra e recebi a bandeirada em quarto”, narrou o piloto.
Terceiro colocado na final da Seletiva Petrobras de 2004, e quarto em 2005, Mario Romancini termina a segunda temporada consecutiva entre os cinco melhores pilotos do país. “Esse resultado me deixa muito contente, principalmente porque na final da Seletiva os karts têm desempenho muito próximo e isso deixa a decisão muito mais na mão do piloto e, um pouco, na mão da sorte”, finalizou Romancini.