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16/03/2009 09:09

Jean Paturle sente-se prejudicado por decisão de Comissários no Velopark

Fonte: Rodrigo Gini


Foto: Flávio Quick

Jean Paturle


Divergências e rivalidades à parte, pilotos, preparadores e equipes do kartismo brasileiro sabem que uma competição com a chancela da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) atende um rigoroso padrão e é marcada pelo rigoroso respeito ao regulamento. Deveria ter sido o caso também na abertura do Sul-Brasileiro 2009, no Velopark, em Nova Santa Rita (RS). Se na pista as disputas honraram a tradição da competição, fora delas o que se viu foi uma série de problemas, que mancharam o espetáculo. Decisões equivocadas dos comissários, medidas em desrespeito às regras e a ausência da balança oficial da CBA, padrão para determinar o peso dos karts.

Uma das principais vítimas da confusão foi o mineiro Jean Claude Paturle (AMG/ Micronic), que tinha todos os motivos para comemoração depois de ser o melhor na segunda bateria da Graduados, combinados os pilotos da A e da B, no que foi apenas sua terceira corrida na categoria. Resultado este oficial, definitivo. O problema é que uma incompreensão na vistoria da bateria de sexta-feira, em que Jean terminou em terceiro, causou sua desclassificação, de forma arbitrária e equivocada, e custou a liderança em uma das mais tradicionais competições do país.

Integrante de uma das mais sérias e respeitadas equipes do kartismo brasileiro, a Quake 2, Jean, terminada a corrida de sexta, conduziu o kart para o parque fechado, como prevê o regulamento. Muito tempo depois, piloto e equipe foram informados da desclassificação, porque a pirâmide do motor não contava com a marca do fabricante (Mecânica Riomar). Motivo que seria justo (ainda que não traga qualquer tipo de vantagem técnica), não tivesse a própria Riomar, por meio de documento assinado por seu fundador e proprietário, Mário de Carvalho, figura histórica do esporte no país, alertado a CBA para o fato, confirmando que os propulsores em questão saíram de sua fábrica, em São Paulo.

Não adiantou. Apesar dos apelos insistentes, a decisão não foi revista. O que se viu no sábado foi um problema na balança provocar inúmeras desclassificações e ajudar a aumentar ainda mais o clima de incerteza, com vários pilotos dispostos a não competir nas etapas restantes, já que todo o orçamento investido para a participação em um evento deste porte pode ser desperdiçado por decisões sem critério lógico.

"O que impressiona é o descaso com os pilotos e equipes, que são quem faz o espetáculo. Todos foram tratados mal, não houve explicações e a balança da CBA não estava disponível. E o pior é que tínhamos um documento que nos permitia correr com a pirâmide sem a marca da Riomar. Isso ocorreu devido à correria para entregar os motores a tempo e, de forma alguma justificava a desclassificação", alerta Luiz Sérgio Santos, o Zé Bolão, proprietário da Quake 2.

Sul-Brasileiro - Primeira etapa - Nova Santa Rita (RS)

Graduados A/B (segunda bateria)
1 Jean Claude Paturle (MG)
2 Claudio Cantelli Jr. (PR)
3 Thiago de Ávila (PR)
4 Matheus Leba (MS)
5 Matheus Vieira (DF)
6 João Varaschin (RS)

  • 16/03/2009 09:12 Erno Drehmer

    Apenas um esclarecimento, para que não sejam feitas injustiças: se foram “todos tratados mal”, isto não aconteceu por parte dos organizadores, dentre os quais me incluo como um dos principais membros. Tenho certeza de que todo o atendimento prestado a todos os competidores durante os quatro dias do evento foi de primeira linha, de acordo com o que tenho me proposto há anos e que todos os pilotos, equipes, patrocinadores, mecânicos e pais merecem.Se houve alguma falta de educação, terá partido única e exclusivamente dos Comissários Desportivos, indicados pelas três federações do sul do Brasil.

  • 16/03/2009 09:56 Jorge Myasava

    Concordo plenamente com o Erno, não podemos confundir a figura dos ORGANIZADORES (Clube) do evento com a DIREÇÃO DESPORTIVA (Federações). Quanto aos fatos lamentáveis narrados, como já era previsível, encaminhei e-mail ao Sr. Rubens Gatti na semana anterior ao evento, externando minhas profudas preocupações com parte tecnica com a saída da CBA de forma abrupta, ressaltando que ele ainda não estava investido no cargo de presidente da CNK.Nada vai mudar os resultados, portanto, resta a nós do Paraná procurar copiar os acertos e a corrigir as eventuais falhas, mesmo involuntárias que tenham ocorridos.Fico triste ao verificar que a cada evento o número de participantes sofre um decréscimo, precisamos ser ouvidos.

  • 16/03/2009 11:41 Jairo Duzanowski

    Infelizmente meu filho (Yukio PJK) foi desclassificado na tomada devido a falta de marca na pirâmide. Mesmo com a manifestação da Riomar. Fatos como este e outros que ocorreram na etapa contribuem para cada vez número de pilotos ser menor.