Competindo desde 2007, o goiano João Pedro Custódio (Kart Mini | MO Racing / RBC / Dennis Dirani Coach) – que passou pela Mirim, Cadete, Super Cadete e atualmente corre na Júnior – sofreu seu primeiro forte acidente desde que iniciou no esporte. Ele aconteceu durante a disputa do Super Kart Brasil 11, realizado no último final de semana, dias 27 e 28, no Brasil Kirin Arena, em Itu (SP).
“Nestes sete anos tive pouquíssimos acidentes, nenhum tão grave e tão forte como este de Itu”, relembra João Pedro. “Não tive como evitar, fui pego de surpresa em um ‘s’ de alta velocidade. Tinha kart na frente, com problemas e muito mais lento”, continuou.
Dono de muita experiência, com centenas de largadas em eventos nacionais e internacionais, João Pedro afirma de forma categórica que ninguém teve culpa no acidente, quando ele e Igor Melo literalmente voaram depois de atingir uma barreira de pneus. “Foi na reta dos boxes, onde existe uma barreira de pneus desnivelada em relação à pista. Eles atingiram a barreira como se lançados por uma rampa, bateram fortemente na parte de cima dela e, junto com seus equipamentos, foram catapultados, jogados para cima e lançados fora do kart”, recorda Geovane Gonçalves, pai de João Pedro.
O atendimento dado pela equipe de resgate JP Salva, pelo médico Wagner Dutra e pelos paramédicos foi exemplar, segundo Geovane Gonçalves. “Foram muito profissionais, competentes e atenciosos”, agradece. João Pedro Custódio (Kart Mini | MO Racing / RBC / Dennis Dirani Coach) terá que ficar fora das pistas por cerca de 30 dias, conforme ordens médicas. “Íamos correr em Serra (ES) neste final de semana para treinar para o Brasileiro, mas não será possível, o médico proibiu. Agora cabe ao próprio João Pedro decidir qual será seu futuro esportivo, ele tem total liberdade para continuar ou parar”, garante Geovane.
Além do acidente e dos sustos por ele provocados, Geovane Gonçalves se aborreceu com um dos profissionais presentes no evento. “Um fotógrafo tirou a foto no exato instante em que os pilotos foram catapultados e a postou nas redes sociais com um comentário desnecessário, de mau gosto, até jocoso, se considerarmos sua proximidade com estes pilotos, que muitas vezes tiveram relações comerciais com ele, comprando suas fotos”, reclama.
“Este profissional tem suas qualidades, mas considero inaceitável tal procedimento, acredito que tenha faltado respeito, em razão do momento tenso em que se transformou este acidente, com pilotos indo para o hospital e realizando os procedimentos que todos conhecem para estes casos. Além disso, publicou uma foto de meu filho, menor de idade, sem minha devida autorização. Se ele tivesse pedido, eu teria autorizado, logicamente sem a piada inadequada para o fato e o momento”, finaliza.