O dia 24 de março de 1991 ficou marcado para sempre na
memória de todos os brasileiros e de grande parte do mundo. Com apenas a 6ª
marcha e sob muita chuva, o ídolo do automobilismo mundial, Ayrton Senna,
conquistou a vitória no GP Brasil, a primeira em casa. Um dia histórico e de
grande emoção.
E o dia 25 de janeiro de 2020 também será memorável para o
jovem piloto Alfredinho Ibiapina (Orcali) e para quem acompanhou a corrida final
da 1ª edição do Troféu Ayrton Senna. A competição, realizada no
Kartódromo Speed Park, em Birigui (SP), palco do Mundial neste ano, marcou a
estreia do piloto na categoria Júnior Menor em grande estilo.
O piloto não venceu a prova, mas foi o destaque da
competição, conquistando 17 ultrapassagens em 20 voltas, depois de sair do
último lugar do grid formado por outros 19 concorrentes. O motor do kart
numeral 8 quebrou na 2ª bateria classificatória, que definia o grid de largada
para a Final. Triste com a situação, Alfredinho Ibiapina se inspirou no ídolo
Ayrton Senna para superar as adversidades e transformar o problema em
motivação.
“Na cerimônia de abertura a organização passou um filme
do Ayrton Senna no telão. Quando eu vi o rosto do meu ídolo e comecei a
ouvi-lo, parecia que ele estava ali e que aquelas palavras eram diretamente
para mim. Isso me emocionou e me fortaleceu. Antes de entrar no meu kart eu fiz
uma oração, pedi proteção a Deus, que me guiasse, e agradeci ao Senna pelas
frases de motivação”, declarou Alfredinho Ibiapina.
As manobras de ultrapassagens chamaram a atenção dos
cinegrafistas que transmitiam a prova, do narrador e dos comentaristas. O
público vibrava a cada volta. Alfredinho Ibiapina recebeu a bandeira quadricula
em 3º lugar, mas comemorou como se fosse o primeiro.
“Para mim foi uma vitória, assim como foi no Sul-Americano,
quando larguei de 25º e terminei em 3º no ano passado, pela Cadete. Mas esta
foi mais que especial. No final da premiação do pódio de todas as categorias eu
fui surpreendido pelo organizador do evento com o prêmio Superação, uma réplica
do troféu que Ayrton Senna ganhou no GP Brasil de Fórmula 1, em 1991. É
emocionante ter esta peça nas minhas mãos. Esta conquista não é só minha, é da
equipe A8 Racing (Jefferson Neves, Jonas Milan, Jeison Teixeira), que têm uma
dedicação incrível por mim, do meu pai, grande incentivador não só meu, mas do
esporte, da minha mãe, minha maior fã, da Orcali, empresa que me patrocina, e
de todos aqueles que me acompanham e torcem por mim. O meu muito obrigado a
todos vocês”, finalizou o piloto.